Inês, a mulher e a sua época


O Jardim Medieval (Quinta das Lágrimas)
Como em todas as histórias de amor tinha de existir algo profundo e misterioso, que alimentasse as nossas almas e os nossos corações. No meu caso e no de Inês era o jardim da Quinta das Lágrimas, que antes tinha um nome muito diferente: Quinta do Pombal, mas agrada-me Quinta das Lágrimas, recorda-me todas as lágrimas, que lá tristemente derramei. Embora o jardim da Quinta seja bastante pequeno, foi muito especial. Aquela bela fonte e aquelas roseiras testemunharam momentos de um amor profundo, tornou-se muito especial também, porque era através do cano dos amores que eu recebia as notícias da minha grande paixão.
Se quiseres passar por lá vais ver como é incrível. Existe lá de tudo desde framboesas, morangos, alcachofras, tomilho, funcho, erva-cidreira, lírios e rosas.  Os canteiros são rodeados por pedras, onde crescem abóboras, cebolas, violetas, alfaces, manjericão, salsa, murta e tantas outras plantas. Tanta variedade. É mágico, não é? Existe lá um pouco de tudo, até uma bela história de amor.





















Os sabores à mesa
O nosso amor era mágico e muito rico, da nossa alimentação é que não se pode dizer o mesmo. Era muito irregular. Uns comiam muito, outros praticamente não comiam. A comida mais popularizada, entre o povo era o peixe, cozinhado com salsa e funcho,de certa forma uma consequência das medidas rígidas da igreja que estabelecia que os seus fiéis deviam abster-se de comer carne às Sextas-Feiras de Quaresma.
Nós, os nobres, apreceávamos era a boa carne. Esta, por vezes, não tinha muito boa qualidade, devido às más condições de conservação, pelo que para tentar disfarçar, eram utilizados condimentos muito fortes. Por isso é que se explica que o meu jardim preferido (o da Quinta das Lágrimas) tenha tantas plantas aromáticas cultivadas.

  





















A moda feminina
Há muitos anos atrás, as roupas eram bem diferentes. As mulheres tinham de cobrir o cabelo, a partir do momento que se casavam. No início, quando eu ainda era muito novo, utilizavam-se toucas brancas simples, este pano emoldurava-lhes a face e era apanhado com pregas, por baixo do queixo. Mais tarde as coisas viriam a mudar (para melhor). As roupas foram-se tornando cada vez mais extravagantes e exóticas, devido à utilização de toucados fantasiosos, em forma de cornetos e devido também à introdução do algodão, das musselinas diáfanas, do damasco e da gaze, na sequência das cruzadas.    








Realizado por: Ana Lemos,Fabiana Costa e Joana Ferreira. Orientado pela prof.: Natividade Ribeiro